A contrajihad[1] é uma corrente política vagamente formada por escritores, bloggerss, think tankss, movimentos de rua e organizações de campanha, todos ligados por crenças apocalípticas, que vêem o Islão, não como uma religião, mas como uma visão do mundo que constitui uma ameaça existencial para a civilização ocidental. Consequentemente, os contra-jihadistas consideram todos os muçulmanos uma ameaça potencial, especialmente quando estes vivem já dentro das fronteiras ocidentais.[2][3] Portanto, os muçulmanos ocidentais são retratados como uma "quinta-coluna", que juntos procuram desestabilizar a identidade e os valores das nações ocidentais em benefício de um movimento islâmico internacional que tenta estabelecer um califado no Ocidente.[4] A contrajihad tem sido também descrita como anti-islâmica,[5][6][7] islamofóbica,[8][9][10][11] incitadora à aversão contra os muçulmanos[12] e ultra-direita.[5][11][14][15][16]
Embora as raízes do movimento remontem à década de 1980, só aumentaram significativamente depois dos ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos e de 7 de julho de 2005 em Londres. Já em 2006, comentadores online como Fjordman foram identificados como tendo desempenhado um papel fundamental no nascimento da ideologia contra-jihadista.[17] O movimento recebeu atenção considerável, após ataques de lobos solitários, como o extremista de direita Anders Behring Breivik, cujo manifesto reproduziu extensivamente os escritos de blogueiros proeminentes da contra-jihad, e o surgimento de movimentos de rua como a English Defence League|Liga de Defesa Inglesa]] (EDL) e a PEGIDA. O movimento tem apoiantes tanto na Europa como na América do Norte. A ala europeia está mais focada na alegada ameaça cultural às tradições europeias derivadas das populações muçulmanas imigrantes, enquanto a ala americana enfatiza uma alegada ameaça externa, essencialmente de natureza terrorista.[5]
- ↑ Lee, Benjamin. «Why we fight: Understanding the counter-jihad movement». Religion Compass. 10 (10).
The clearest case of violence linked to the CJM is that of Anders Breivik; the commonalities between Breivik and the CJM have been noted by several writers (Kundnani, 2012: 4; Jackson, 2013; Meleagrou-Hitchens & Brun, 2013:2; Goodwin, 2013: 4; Titley, 2013).
- ↑ Akbarzadeh, Shahram; Roose, Joshua M. (September 2011). «Muslims, Multiculturalism and the Question of the Silent Majority». Journal of Muslim Minority Affairs. 31 (3): 309–325. doi:10.1080/13602004.2011.599540
- ↑ Zúquete, José (2018). The Identitarians: The Movement against Globalism and Islam in Europe. [S.l.]: University of Notre Dame Press. pp. 169–170. ISBN 9780268104214. OCLC 1055656293
- ↑ Akbarzadeh, Shahram; Roose, Joshua M. (September 2011). «Muslims, Multiculturalism and the Question of the Silent Majority». Journal of Muslim Minority Affairs. pp. 309–325. doi:10.1080/13602004.2011.599540
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«Pentagon suspends "counterjihad" class on Islam». CBS News. 11 May 2012. Consultado em 3 July 2012. Cópia arquivada em 23 June 2012
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«The Guardian: Far-right anti-Muslim network on rise globally as Breivik trial opens». The Guardian. 14 April 2012. Consultado em 14 December 2016. Cópia arquivada em 5 March 2017
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Goodwin, Matthew J.; Cutts, David; Janta-Lipinski, Laurence (19 August 2014). «Economic losers, protestors, islamophobes or xenophobes? Predicting public support for a counter-Jihad movement». Political Studies. 64 (1): 4–26. doi:10.1111/1467-9248.12159. Consultado em 6 June 2017. Cópia arquivada em 8 August 2017
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Mattias Wåg (28 July 2011). «Den nya högerextremismens terroristiska uttryck». Göteborgs fria (em sueco). Consultado em 29 October 2012. Cópia arquivada em 26 April 2012
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Denes, Nick (2012). «Welcome to the Counterjihad: "Uncivil" Networks and European Social Space» (PDF). Berlin: Dahrendorf Symposia. Dahrendorf Symposia Series. 2012-12. doi:10.1080/17448689.2012.738894. Consultado em 26 August 2012 [ligação inativa]
- ↑ Wolff, Elisabetta Cassina (2 November 2016). «Evola's interpretation of fascism and moral responsibility». Patterns of Prejudice. 50 (4–5): 478–494. doi:10.1080/0031322X.2016.1243662
- ↑ Taylor, Max; Currie, P.M.; Holbrook, Donald (2013). Extreme Right Wing Political Violence and Terrorism. [S.l.]: Bloomsbury. p. 172. ISBN 9781441101839
- ↑ Meleagrou-Hitchens & Brun 2013, p. 2: "The popular American Counter-Jihad activists Pamela Geller and Robert Spencer ... EDL leader Tommy Robinson now holds almost legendary status within this nascent movement, and is considered the “rock star” of the ECJM [European Counter-Jihad Movement]."
- ↑ Aked, Jones & Miller 2019, p. 24: "Dutch politician Geert Wilders – a key European counter-jihad figurehead" Aked, Jones & Miller 2019, p. 26: "both Labour and Conservative Home Secretaries have prevented counter-jihadists from entering the UK: Jacqui Smith stopped a planned visit by Dutch politician Geert Wilders in 2009 and Theresa May denied Pamela Geller and Robert Spencer in 2013."
- ↑ Lee, Benjamin (4 de setembro de 2015). «A Day in the "Swamp": Understanding Discourse in the Online Counter-Jihad Nebula» (PDF). Democracy and Security. pp. 248–274. doi:10.1080/17419166.2015.1067612